QUEM SOMOS

A Congregação

Somos Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Amparo, uma Congregação Religiosa de Direito Pontifício que, por inspiração divina, nasceu do zelo apostólico do Padre Siqueira e do fiel seguimento de Irmã Francisca Pia (CCGG art. 1º).

Observamos a Regra e Vida dos Irmãos e Irmãs da Terceira Ordem Regular de São Francisco de Assis. Buscamos viver o Evangelho, nos consagrando totalmente a Deus, professando os votos de  pobreza, castidade e obediência, na visão franciscana e no espírito de Amparo, carisma que sustenta a nossa Congregação. (cf. CCGG Art. 2º)

A exemplo dos Fundadores, Padre Siqueira e Irmã Francisca Pia (Mamãezinha), vivemos o carisma Franciscano de ser Amparo na generosidade total, acolhendo a vontade de Deus, no serviço aos irmãos, em atitude de amparo, como educadoras, levando o Evangelho às diversas realidades onde o Senhor envia cada Irmã. ( cf. CCGG Art. 6º)

A vida e a missão da Irmã Franciscana de Nossa Senhora do Amparo está alicerçada na missão de Jesus Cristo, que “veio para servir e não para ser servido”.

O Governo Geral da Congregação, triênio 2023 a 2027, está constituído pelas Irmãs:

Ministra Geral

  • Ir. Cleusa Aparecida Neves,cfa

Vice Geral e 1ª Conselheira

  • Ir. Jailda Rocha Caetité,cfa 

Conselheiras

  • Ir. Maria Aparecida Santana de Souza, cfa
  • Ir. Maria Cleidimária Pinheiro, cfa
  • Ir. Maria das Dores Motes da Silva, cfa
  • Ir. Lidisnaldia Rodrigues de Oliveira, cfa

Ecônoma Geral

  • Ir. Helioni Salvador Nunes,cfa

Secretária Geral

  • Ir. Lidisnaldia Rodrigues de Oliveira,cfa

Com a alegria e a força que nos vem do Senhor, nos colocamos à inteira disposição para servir com amor e generosidade, buscando “fazer as vezes de Nossa Senhora do Amparo” onde quer que o Senhor nos envie.

Padre Siqueira

O Padre João Francisco de Siqueira Andrade, nasceu em Jacareí, SP, no dia 16 de julho de 1837. Seuspais: Miguel Nunes de Siqueira e Claudina Maria de Andrade. Foi aluno do Seminário Diocesano de São Paulo onde fez seus estudos, partindo depois para a Província de São Pedro, no Rio Grande do Sul, quando foi recebido pelo Bispo Dom Sebastião Dias Laranjeiras e ordenado sacerdote em 08 de dezembro de 1864.

No tempo de seminário, já sentia a força do seu carisma: “Como estudante, aminha grande preocupação era a educação da juventude brasileira. Decidi que depois de ordenado, fundaria uma Casa para educar meninos pobres”.

Estuda seriamente a situação do Brasil e conclui que o bem-estar religioso e social depende da boa educação que se oferece ao povo.

Serve, como voluntário da Pátria, na Guerra do Paraguai e ao regressar, buscando alívio para a tuberculose, vem a Petrópolis.

Diante da orfandade, fruto da guerra, do sofrimento e da miséria a que estavam expostas, principalmente as meninas, diante do desprezo pela educação da mulher e dos primeiros anúncios sobre a emancipação dos escravos, em 1866, trazendo outras urgências para a nação quanto ao trabalho livre, Padre Siqueira vê nos acontecimentos o apelo de Deus e a hora de iniciar sua Obra de educação.

Chega mesmo a dizer: “A minha convicção de que era chegado o tempo e de que a obra era de Deus, que nunca deixou de velar sobre este País, era tão forte, que minha divisa única foi e é: “Ou a morte ou o triunfo de uma empresa que considero divina”. (Pe. Siqueira, Apelo ao País, 1877).

Escreve seu projeto de educação e o apresenta ao Imperador Dom Pedro II, em 15 de julho de 1868 e dois meses depois, ao dar aprovação, o Monarca acrescenta que a ideia era boa e humanitária, porém dificílima.

Inicia suas grandes peregrinações pelas fazendas do interior do Rio de Janeiro, Minas e São Paulo. Fraco, andando a cavalo, exposto ao sol e à chuva, às tempestades, a crítica e violência, nunca cedeu ao desânimo. “Caminharei de rua em rua, de casa em casa, até percorrer a cidade toda… com ânimo, disposto a aceitar, em nome de Deus, qualquer escola que me queira dar”. ( Pe. Siqueira – Jornal Mercantil, em 05/05/1875)

Padre Siqueira tinha consciência da missão que recebera de Deus. “É justo que tendo feito o voto mais firme de minha existência em prol da infância desvalida e me consagrado ao bem da Igreja e da nossa Pátria, use de toda a franqueza para com o público, confessando diante de Deus, a quem nada se oculta, a sinceridade e a abnegação com que trabalho, embora o último selo desta declaração seja uma propriedade de futuro, juiz infalível e implacável do passado. Longe de mim a presunção de alguma virtude extraordinária. Oh! Bem sei que o meu espinhoso caminho está há muito traçado pela mão da Providência, e que não é outro senão o da humildade e da resignação. Na verdade, compreendo bem a responsabilidade que tenho assumido. Porém é também certo que, há muito tempo, não vivo mais para mim, e que todos os sacrifícios por que possa ainda passar estão de antemão oferecidos a Deus no altar da caridade”. ( Pe. Siqueira – Jornal Mercantil, em 05/05/1875)

Irmã Francisca Pia (Mamãezinha)

Nasceu em Jacareí, SP, em 21 de outubro de 1856. No batismo, recebeu o nome de Francisca Narcisa de Siqueira, filha de Narciso Antunes de Siqueira e Ana Cândida de Oliveira. Aos 17 anos, falecendo sua mãe, permanece em companhia da madrinha e tia materna,Benedita Agostinha de Oliveira. Seu pai, tenente Narciso, preocupado com sua educação, a conduz para o Colégio da Providência, no Rio de Janeiro, onde recebe boa formação e conclui o curso de Professora.

No dia 29 de setembro de 1877, festa de São Miguel, a convite de seu tio paterno, Padre Siqueira, aos 20 anos, contrariando a vontade do próprio pai, segue com destino a Petrópolis.

No Amparo, sua vida foi plena doação ao cuidado e educação das crianças, durante 54 anos. Exerce vários serviços, junto às alunas, como professora de religião, português, francês, música, trabalhos artísticos e manuais.

A presença do Padre Siqueira no Amparo, ao lado de Francisca, foi por apenas três anos e quatro meses, tempo suficiente para ela conhecer e guardar em seu coração os sentimentos e o ideal de seu tio. No desempenho fiel de suas tarefas de educadora, cultiva os nobres sentimentos de amizade e de união entre os membros da família Siqueira Andrade.

Em 1885, foi nomeada diretora da Escola Doméstica de Nossa Senhora do Amparo, sendo, na ocasião, chamada pelas crianças de “Mamãezinha”.

Irmã Francisca Pia, em meio aos desafios da vida, sempre mostrou a todos a face de Deus, dando testemunho dos gestos de Maria, através da bondade e da misericórdia.

Oração

Ó Deus, consolação e esperança dos que sofrem, eu te louvo e bendigo por teu imenso amor, envolvendo com ternura, cada um de teus filhos e filhas.

Agradeço a bondade que nos vem do teu coração misericordioso, através da vida de Irmã Francisca Pia, que cercava de cuidados os mais pequeninos.

Que a exemplo de tua fiel servidora, possamos ser o amparo de Deus aos sofredores, servindo com humildade, do jeito de Maria. Concede-me, por sua intercessão, a graça que te peço… Amém.

Pai Nosso – Ave Maria – Glória ao Pai….

Nossa História

A Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Amparo tem suas raízes na inspiração carismática do Padre Siqueira, que deu sua vida pela causa da educação do menor carente do Brasil. É uma Congregação brasileira, fundada pelo Padre Siqueira e Irmã Francisca Pia, em Petrópolis – RJ.

Primeiro surgiu a Escola Doméstica de Nossa Senhora do Amparo, em 1871. Criada sob os cuidados de Nossa Senhora do Amparo para atender às necessidades da época e aos apelos de Deus.

A finalidade desta instituição é educar e formar o coração das crianças mais nessitadas, garantindo-lhes uma profissão e um lugar decente na sociedade, como boas mães famílias, professoras, pessoas dedicadas ao bem dos irmãos.

“Padre Siqueira foi o pioneiro no Brasil Império na busca de soluções dos problemas sociais através da educação e de seu incontestável amor à infância. Com fé e patriotismo ele imprimiu rumos novos à educação brasileira’’. (Tribuna de Petrópolis, 15/10/2011)

Para cuidar da obra surge a Congregação de Nossa Senhora do Amparo, como Filhas de Maria, em 23/03/1888; estas congregadas tornam-se franciscanas em 09/03/1889, atendendo ao desejo expresso do Padre Siqueira em seu testamento: “Que o pessoal docente, uma vez organizado, tome o título de Congregação de Nossa Senhora do Amparo, observando a Regra da Terceira Ordem de São Francisco da Penitência.’’

Foi também em Petrópolis que a Congregação tornou-se diocesana, em 17 de janeiro de 1906. Irmã Francisca Pia, à frente das primeiras Irmãs, vê realizadas as últimas vontades do Padre Siqueira em seu testamento. (14.11.1880)

Dom João Francisco Braga foi o responsável pela aprovação Diocesana desta nova floração na Igreja.

Assim nasce a Congregação do zelo apostólico, cuidados e preocupações do Padre João Francisco de Siqueira Andrade e de sua sobrinha, a grande colaboradora, Irmã Francisca Pia.

O Papa João Paulo II concedeu a aprovação Pontifícia a esta Congregação em 24 de março de 1979.

“As Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Amparo formam uma Congregação Religiosa de Direito Pontifício que, por inspiração divina, nasceu do zelo apostólico do Padre Siqueira e do fiel seguimento de Irmã Francisca Pia ao Carisma do fundador.” (CCGG Art. 1º)

Sala Histórica

Na Escola Doméstica de Nossa Senhora do Amparo existe uma sala histórica que reúne documentos que nos ajudam a recompor o vigor de nossa história e guardar para a posteridade uma grande história de amor e doação dos nossos Fundadores.

Uma Sala Histórica, por pequena que seja, é sempre uma obra cultural, destinada a recolher, classificar, conservar e expor objetos que pertenceram aos fundadores, para estudo e valorização da história de uma Instituição.

Para nós, Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Amparo, a Sala Histórica tem como objetivo resgatar e preservar a memória de nossas raízes, revigorar nosso espírito, fazer crescer no senso de pertença à Congregação e revitalizar as energias na expansão do Reino de Deus.

A iniciativa, doação, espírito de luta e sacrifício de nossos Fundadores, em favor das crianças órfãs e do povo de Deus, levará o visitante a constatar que vale a pena dedicar a vida pelas pessoas crianças, educando-as, e pelas pessoas mais necessitadas.

A Medalha

No ano de 2001, a Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Amparo, fiel ao Carisma: SER AMPARO – ACOLHER E EDUCAR A CRIANÇA POBRE E NECESSITADA, TENDO POR MODELO NOSSA SENHORA DO AMPARO, decidiu, após vários estudos e consultas às Irmãs, fazer uma imagem de sua padroeira, amparando duas crianças, sendo um menino e uma menina, representando a missão das Irmãs nos Colégios – abrangendo os dois sexos, nas Escolas Domésticas, Creches e nas diversas pastorais.

No altar da Casa-Mãe, o Amparo de Petrópolis, permanece a primitiva Imagem de Nossa Senhora do Amparo, cuja encomenda foi feita pelo Fundador, o Padre João Francisco de Siqueira Andrade, ao Instituto Artístico de Rietzler, Munique, Baviera, na Alemanha, através do procurador do citado Instituto, o Sr. Thomas Driende, com data de 21 de junho de 1880.

A Virgem tem vestes brancas, manto azul e braços estendidos e acolhedores aos que a cercam. Uma tradição oral chega até nós, dizendo que o Padre Siqueira, no ano de 1868, visitando uma Igreja em Montevidéu, vira ali uma imagem de Nossa Senhora do Amparo, abrigando crianças sob o seu manto. Ele teria dito, cheio de júbilo: “É esta a imagem que desejo vê-la protegendo as crianças na minha Instituição, a Escola Doméstica de Nossa Senhora do Amparo”.

Na década de 1960, sendo Superiora Geral, Irmã Áurea de Jesus Hóstia, foi feita uma imagem de Nossa Senhora, amparando duas meninas, uma de pé e outra de joelhos.

Nos anos de 1990, Irmã Coleta Cavalcante de Moraes, como Superiora Geral, ouvindo a Congregação, mandou fazer uma medalha com Nossa Senhora do Amparo, amparando uma criança, sob o “Tau” franciscano. Uma medalha bonita, porém o material não foi bom e logo as Irmãs passaram usar a antiga medalha.

Hoje, temos a Imagem de Nossa Senhora do Amparo com um menino e uma menina, ambos de pé, deixando-se tocar por suas mãos. A partir desta idéia, será confeccionada a medalha que será usada pelas Irmãs.

Para alcançar esta realização, precisávamos de uma foto que ajudasse na elaboração da idéia, até chegar à confecção da imagem. Neste intento, pudemos contar com a colaboração de Alessandra Nunes da Cruz, nascida em 11 de maio de 1978, nesta cidade de Petrópolis, filha de Pedro Souza da Cruz e Maria Lúcia Nunes da Cruz, professora em exercício na Escola Doméstica de Nossa Senhora do Amparo; uma menina de 06 anos de idade, Rayane Trindade Carvalho, natural de Petrópolis, nascida em 29/12/1994, filha de Evanir Fiúza Trindade, atual aluna do Amparo; Leonardo Guimarães Fernandes, de 03 anos de idade, nascido em 22 de abril de 1998, em Petrópolis, filho da Dra. Sandra Mendes Guimarães e do Dr. Marcos Fernandes; ela, médica pediatra das crianças do Amparo e ele, médico das Irmãs.

Cada um dos que compõem a foto, o fizeram de boa vontade, em espírito de colaboração com a Congregação, tendo em vista que a mesma Congregação não visa lucros ao divulgar a imagem, o Carisma e a devoção a Nossa Senhora do Amparo.

Irmã Maria Therezinha Vieira, Superiora Geral da Congregação e Irmã Neli do Santo Deus, responsável por este serviço, agradecem a Professora Alessandra, Dra. Sandra e Dr. Marcos e Evanir a participação neste projeto da Congregação.

Que Alessandra, Leonardo e Rayane e suas famílias sejam protegidos por Nossa Senhora do Amparo em sua caminhada e que possam viver felizes, proporcionando alegria a quantos gozarem de seu convívio. A todos fica a bênção da Mãe de Deus, sob o título de Nossa Senhora do Amparo.

A Padroeira

NOSSA SENHORA DO AMPARO é a Padroeira da Congregação. Sua devoção tem origem na antiguidade, na cidade de Lamego, Portugal, por causa de uma imagem da Virgem do Amparo, atribuída ao ex-fariseu Nicodemos, que aderiu à Igreja nascente após a ressurreição de Cristo.

A invocação a Nossa Senhora do Amparo tornou-se popular na velha Lusitânia, entre os marujos que, em suas longas e perigosas travessias, imploravam a proteção e o amparo de Maria, ao enfrentarem as tempestades e os riscos do oceano desconhecido.

Logo após o descobrimento do Brasil, o culto a Nossa Senhora do Amparo chega até nós. Em Olinda, Pernambuco, um dos primeiros templos lhe é consagrado. A Cidade de Fortaleza teve sua origem no forte de Nossa Senhora do Amparo.

O Padre Siqueira, neto de Francisco Antônio de Andrade, que pertencia à colônia portuguesa existente em Jacareí, Estado de São Paulo, ao fundar sua Instituição de Caridade, em Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, em 1871, deu o nome de Escola Doméstica de Nossa Senhora do Amparo, assim como o nome da Congregação dedicada à educação de crianças pobres.

Não apenas pela história, de modo particular, através das escrituras, Padre Siqueira observou com o coração, a grandeza do amor de Maria amparando Jesus, seu Filho amado e Filho eterno de Deus, desde a concepção, o nascimento e até a morte. Por sua total disponibilidade ao Espírito Santo, na Anunciação, possibilitou ao Filho de Deus tornar-se homem e Redentor nosso. Em Nazaré, durante longos anos de vida oculta foi descobrindo, cada vez mais, o mistério de Cristo, a quem Ela amparou, convivendo e crescendo com ele, na simplicidade daquela família.

Na verdade, o amparo de Maria está presente em nossos momentos de dor, de aflição e de alegria. Ela está junto à cruz de cada um de seus filhos. Ela é o amparo das crianças e dos sofredores.

Irmã Francisca Pia, co-fundadora da Congregação, dizia sempre: “Estamos na Congregação para fazer as vezes de Nossa Senhora do Amparo”.

Fonte:

CADERNO 1 DA FORMAÇÃO PERMANENTE. Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Amparo, 1996.

A Logomarca

A silhueta do Tau é marcada ao fundo atribuída a família franciscana, sinal de esperança, símbolo de conversão permanente e despojamento. O Tau contém ainda a lembrança da Redenção da cruz e do amor; é sinal de penitência e conversão interior e também sinal de dor para os pecados do mundo rumo a uma espiritualidade sadia; é recordação do nosso batismo; é sinal dos que sofrem e sinal da salvação; é símbolo de penitência; símbolo dos filhos de Deus, exige uma missão, e é a marca dos que respondem “sim” ao chamado de Deus para criar uma sociedade nova com seus fundamentos no amor, na Paz e no Bem.

Dentro desta silhueta está Nossa Senhora do Amparo preservando as características da imagem original de Nossa Senhora na casa mãe em Petrópolis. Inicialmente a partir desta, foi incorporado duas meninas por ser a meta prioritária a educação da mulher. Com o tempo, também começou o trabalho com meninos, então, criou-se outra imagem tirando uma das meninas e no lugar colocou-se um menino. Mas em 2011 sua origem foi restaurada sem as duas crianças, com isso, a Marca também foi modificada para se fazer a mesma leitura.

“O amparo de Maria está presente em nossos momentos de dor, de aflição e de alegria. Ela está junto à cruz de cada um de seus filhos. Ela é o amparo das crianças e dos sofredores.”

Deus está representado pelo arco azul que vem do alto, como um escudo, uma proteção, o cuidado, o amor. Esse sinal forma a letra A de AMPARO.

Por fim, a estrela que guia, Stella Duce, que é o espírito da congregação.

Carisma – missão

A Congregação tem como Carisma: ser Amparo e, por Missão acolher e educar, sobretudo e especialmente as crianças e adolescentes necessitados.

Carisma vem do grego “charis” e significa dom de Deus, concedido gratuitamente a alguém que se coloca a serviço do próximo. O Espírito Santo agraciou Padre Siqueira com um carisma especial e marcadamente mariano: ser amparo aos pequeninos.

O Carisma é o dom do Espírito que dá vigor à Missão.

Padre Siqueira, ao deixar sua obra aos cuidados de Maria, a Virgem do Amparo, confiou totalmente na Mãe bendita, que amparou o Filho de Deus desde a anunciação até o calvário. Portanto, confiou naquela que soube acolher a vida, dela cuidou com seu incomparável desvelo de Mãe, sem nunca desfalecer.

Escolhendo Nossa Senhora do Amparo como Padroeira, Padre Siqueira deixa para nós, Irmãs do Amparo, o compromisso de seguir Jesus Cristo, tendo Maria como modelo de Mulher e Mãe acolhedora, fraterna, sensível… que sabe amparar e servir.

Irmã Francisca Pia, Fundadora, assimilou o carisma de tal forma que,em seus escritos afirma: “Estamos na Congregação para fazermos as vezes de Maria”.

O Carisma da Congregação se faz realidade encarnada cada vez que uma Irmã do Amparo sabe acolher e cuidar bem da vida, especialmente dos pequeninos.

“O Amparo existe para Cuidar da Vida e Qualificar o Humano! Existe Missão mais nobre? Viver esta missão é retomar a cada instante a essência da proposta de Jesus Cristo: salvar vidas!” Frei Vitório Mazzuco, OFM

Fonte:

Revista Alegremo-nos no Senhor, 100 anos de Aliança. Centenário das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Amparo. Petrópolis, RJ: 2006, p. 19.

Franciscanas em sua origem

Entre os escritos do Padre Siqueira, encontra-se o rascunho de um Regulamento das Religiosas e os Estatutos da Congregação. Deixou-nos em seu Testamento “Que o pessoal docente, uma vez organizado, tome o título de Congregação de Nossa Senhora do Amparo, e para sua boa organização e direção tome a Regra da Terceira Ordem de São Francisco da Penitência”.               

Em 25 de março de 1886, Francisca Narcisa de Siqueira, mais sete companheiras recebem o Rescrito Apostólico de Frei Rocco Cocchia, Arcebispo de Otranto, Internúncio Apostólico em missão extraordinária no Império do Brasil. Por este Rescrito criava a Congregação de Filhas de Maria com o título de Congregação de Nossa Senhora do Amparo, observando a Regra do Manual das Filhas de Maria e a Regra de São Francisco de Assis.                  

O Beneplácito Imperial foi dado pela Princesa Isabel, em 21 de novembro de 1887.                  

A inauguração solene da Congregação teve lugar a 23 de março de 1888. A cerimônia foi oficiada pelo Cônego Amador Bueno de Barros, Diretor do Amparo de 1885 a 1897.

As 8 Filhas de Maria fizeram sua Profissão na Ordem Terceira Secular de São Francisco, no dia 9 de março de 1889, festa de Santa Francisca Romana.

Em Relatório publicado pelo Cônego Amador, de 27 de abril de 1890, temos uma descrição da sobrinha do Padre Siqueira, aos 33 anos de idade e 13 de permanência no Amparo: “Irmã Francisca vive tão somente para a Escola, do mesmo modo que seu falecido tio, o Padre Siqueira. Tal é o segredo do enigma: Pensa, cogita, fala em favor da Escola; é a sua única ocupação; identificou-se com a causa das pobres meninas, e por isso o maior sacrifício não lhe custa. Feliz criatura, ditosa senhora! Quem poderá calcular a recompensa que Deus lhe dará no dia de sua entrada no céu!”( Trecho do Relatório).

De 1888 até 1898 tivemos 44 Congregadas, observando a Regra da Ordem Terceira de São Francisco, distribuídas emcinco Fundações.

CONGREGAÇÃO DIOCESANA E PONTIFÍCIA

De 1898 a 1903 a Fundadora passa a dirigir uma Casa Filial em Vassouras.

Em dezembro de 1903, Dom João Francisco Braga, Bispo de Petrópolis, traz de volta Irmã Francisca e, até 1905, reúne no Amparo, Casa – Mãe, todas as Congregadas.

 Na hora de optar pela Profissão dos Votos Religiosos são 10 as que permanecem na Congregação.

São decorridos 18 anos de existência das Congregadas. E Dom João Francisco Braga interpreta as últimas vontades do Padre Siqueira. Em 17 de janeiro de 1906,  constitui a Congregação de Direito Diocesano. Na ocasião a Fundadora recebe o nome de Irmã Francisca Pia. Um ano de noviciado e em 25 de março de 1907 as 10 Irmãs emitem os votos pela primeira vez e mais 4 noviças fazem sua Primeira Profissão.

Desde as primeiras Irmãs, a Congregação sempre buscou o espírito Evangélico- Franciscano de simplicidade, alegria e serviço aos mais necessitados.

A Regra da Ordem Terceira Secular foi observada oficialmente de 1888 até 1906. Tornando-se diocesana, a Congregação teve como Regra de vida a que foi escrita pelo Bispo Dom João Francisco Braga, auxiliado por  Frei Pascoal Reus, OFM, Doutor em Teologia, Consultor Diocesano e professor do Instituto dos Franciscanos em Petrópolis. A citada Regra foi observada de 1906 até 1957, quando a Congregação é agregada a Família Franciscana, passando a observar a Regra da Terceira Ordem Regular de São Francisco e as Constituições Gerais.

A Aprovação Pontifícia aconteceu em 24 de março de 1979.

Bandeira da Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Amparo

Significados dos Símbolos:

“Stella Duce”: Estrela que conduz, estrela condutora, estrela guia. (Mt 2,3)

“Coroa”: Reinado de Jesus Cristo e de Maria sua Mãe, no universo

“Louros”: Vitória da Educação sobre a ignorância e tendências humanas.

“Azul e Branco”: Cores que simbolizam o Amparo de Maria e a Paz que, só a Educação do Coração pode trazer à humanidade

Como a Estrela conduziu os Reis do Oriente, caminhando diante deles, até encontrarem o recém-nascido Jesus, Salvador da humanidade, de maneira semelhante, a Educação Siqueirana Evangélico-libertadora, orienta e conduz para o, bem, os destinos da humanidade.

Texto elaborado por Irmã Jacinta Medeiros Gurgel,cfa

Descrição do Escudo do Colégio Nossa Senhora do Amparo

Cores:

Azul e Branco: Reverenciam Nossa Senhora

Verde e Amarelo: Homenageiam nosso Brasil

12 Pares de folhas nos 02 ramos:

No contexto do Antigo Testamento: Contemplam as doze (12) tribos de Israel.

No contexto do Novo Testamento: Os (12) DOZE APÓSTOLOS enviados (02) dois a (02) por Jesus ao mundo, para ensinar sua Boa Nova: razão das folhas serem dispostas duas a duas.

As 03 folhas que finalizam os ramos:

Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo

Sagrada Família de Nazaré: Jesus, Maria e José

Coroa de 05 pontas:

Coroação da Rainha: Caracteriza a coroa de rainha que ofertamos à Nossa Senhora, nossa Rainha.

Pedras preciosas (Aos olhos de Deus somos todos como joias preciosas):

Verde: Representa a natureza.

Azul: O céu e os mares

Vermelho: Refere-se à nossa vida doada ao próximo e ao sangue dos mártires

Estrela: Maria nossa estrela guia

Stella Duce: (língua latina) Doce Estrela

Observação:

Arte e Histórico foram criados por IRMÃ IGNEZ GUERRA e IRMÃ CARMELITA DE JESUS, estudiosas e pesquisadoras que buscaram na HERÁLDICA a fundamentação para descrever nosso Brasão.

Através da BÍBLIA e da vivência cotidiana, encontraram inspiração para o verdadeiro sentido do que seria nossa marca como EDUCADORAS DA CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS FRANCISCANAS DE NOSSA SENHORA DO AMPARO.

IR. IGNEZ GUERRA, Pernambucana, ex-aluna do Colégio e IR. CARMELITA DE JESUS, Cearense, ambas falecidas.

Quando aluna do Colégio Nossa Senhora do Amparo, em Surubim – PE, aprendi com Ir. Ignez o lindo significado do nosso Brasão.

12 de março de 2018 – Aniversário do Colégio – 79 Anos em Monte Carmelo – MG

Texto elaborado por Irmã Jandira de Aguiar,cfa